quarta-feira, 2 de agosto de 2017



Juizinho na cabeça filhote
A mamã já vem.


A decisão não foi fácil. Muito ponderada em vários aspectos, em todos os sentidos. E sob pena de ser criticada por alguns. Pensando em tudo o que podia correr mal, mas apostando fortemente em tudo o que vai correr bem! No quanto vai ser bom para ti.
Fez ontem uma semana que te dei um último abraço em frente ao aeroporto. Virei costas para não me veres chorar. E te deixei com algumas das melhores pessoas que conheço no mundo. Elas vão cuidar tão bem de ti como nós. Eu sei que sim. 


A verdade é que nunca tivemos tanto tempo separados. 


E se, às vezes, sabe bem relaxar um bocadinho a dois, muito silêncio durante tanto tempo acaba por se tornar ensurdecedor. 


Fazes-nos muita falta, sabias?
Às vezes, damos por nós a dizer um para o outro:
- Mamã, isto meu; Papá, pão, café, qui...Mamã, docas, lá fora, xixi....

Dou por mim várias vezes a pensar o que estarás a fazer, que coisas novas estarás a aprender...


Não imaginas a lista de recados que deixei. Não, não vou listar aqui porque corro o risco de passar vergonhas ou de me chamarem hiper, mega chata. ;) Mas também não me importo. Sou mãe, e isso para mim basta.


Sim, eu sei que eles sabem tudo. Eu sei. Mas eu, enquanto tua mãe, acalma-me mais o coração quando verbalizo as coisas. 
Sentes também a nossa falta?


E é ver-te agora deste lado. Bem. Sempre sorridente, sempre bem-disposto. Cheio de novidades e de aventuras para contar. E como fico feliz de te ver, assim, tão bem. Com toda a certeza digo e sem correr risco algum que estás a adorar. E isso tranquiliza-me. Apesar, já sabes (condição prévia assinada em contrato!!), de termos de falar todos os dias. 


Pareces-me tão mais crescido. Cada dia mais lindo. 
Quero que me contes tudo depois. O que fizeste. Por onde passeaste. O que aprendeste.
Que esta experiência seja para ti rica em emoções, rica em afectos, rica em aprendizagem.



Até ao meu regresso filhote. 
Em breve.


Aviso: assim que te apanhar, encho-te de beijos!!! E de cócegas!!! E de abraços gigantes!!!

sábado, 6 de maio de 2017

A melhor profissão do mundo
Felicidade no seu estado mais puro



E porque hoje é Dia da Mãe. 
A todas as mães que dedicaram uma vida inteira aos filhos, a todas as mães trabalhadoras que correm todos os dias para estar a tempo em todo o lado para que nada falhe, a todas a mães que lutam sozinhas no dia a dia para ser e dar o melhor, a todas as mães que são pais no masculino e que o fazem tão bem, a todas a mães que brevemente abraçarão os seus pequenotes no peito, a todas a mães de coração e acolhimento, a todas as mulheres que serão mães no futuro...

Ninguém disse que seria ser fácil. Estaria a mentir se dissesse que sim. 


O sono nunca mais é o mesmo, sai-se de casa com mil e uma coisas (sacos, saquinhos, sacolas...) para o teu filho e no final de tudo esqueces-te de coisas essenciais para ti, passa-se de uma refeição tranquila a uma refeição ao som de colheres e pratos, com extra de comida no chão por todo o lado, e tu ainda sem comeres quase nada, passa-se de paredes lindas e brancas a verdadeiras obras de arte a caneta que já não vais conseguir limpar, passa-se de uma ou duas máquinas de roupa por semana a lavar para quatro ou cinco, passa-se do estar relaxado a estar em alerta constante para possíveis perigos...e tantas, mas tantas outras coisas...
E nós, mães, somos humanas. Com tudo o que isso significa. Também andamos exaustas, também ficamos rabugentas, também exigimos de nós porque queremos ser e fazer melhor. Muitas vezes também ficamos sem paciência. Certo?

Mas é impagável ver crescer uma criança que é nossa, a quem temos de ensinar do zero. Uma criança que depende de nós, que absorve tudo e que queremos que tenha em si o melhor coração do mundo, que seja feliz e íntegra.
É o trabalho mais difícil que já conheci mas, sem dúvida, o mais gratificante.
É uma aprendizagem diária nos dois sentidos. 
Que tenhamos todas (mães/pais) muita força e saúde para cada dia, para saborear cada pequeno (grande) momento de felicidade, para aqueles dias menos bons ou mais cansativos. 



Eu só posso agradecer. 
O meu pequeno dos caracóis. Tu.
Amor sem fim.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Xixi da felicidade

Chamem-me maluca. Não faz mal. 

Sempre ouvi contar de pessoas amigas as vitórias dos filhos, grandes ou pequenos, as conquistas diárias, os truques novos, as pequenas independências, as palavras difíceis em frases cada vez mais complexas, a capacidade que adquirem de passar do triciclo a quatro rodas para uma bicicleta de apenas duas e por aí adiante...
E, já nessas alturas, os meus olhos brilhavam de felicidade por elas mas sempre a imaginar como seria comigo.

Agora que chegou a nossa vez, filho, e muito orgulhosamente te tenho na minha vida, chama-me maluca. Não faz mal (mas só desta vez!).
Por aqui tenho contado muitas das tuas aventuras, muito do teu crescimento, muito do que é este desafio da aprendizagem. Nos dois sentidos.
Agora, chega mais uma etapa.
24 meses e dez dias depois primeiro xixi no pote.
G - Mamã, xixi, xixi. 
M - Rápido filho, anda.
Dois xixis seguidos. No pote. Fizemos uma festa tão grande, que o pequeno se levantou a bater palmas.
Pronto, ok, o terceiro xixi foi no chão do quarto. Não vai ser tudo perfeito. Eu sei.
Ainda vou andar muitas vezes com a esfregona no chão. Ainda vou lavar muita roupa à conta de xixi fora do sítio. Ainda vou ficar com as calças muitas vezes molhadas por causa do penico que não chegou a tempo. (Sim, também achou graça fazer xixi nas minhas pernas). Vamos melhorar isso filhote! ;)

Um pequeno nada mas que é tão grande. 
A cada etapa cá estaremos, filhão.
Acho que esta vai ser muito engraçada!
Até breve.



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Tchu, tchu!

Mamã, tchu tchu...
47 cm de gente...há dois anos atrás. Agora já se queixa se lhe visto roupa demasiado apertada. 
Que criança independente, de carácter muito próprio, e sempre sorridente....sempre! Se vocês vissem que sorriso encantador...e que abraço que ele dá...tão apertadinho que nos consola a alma.
É natural que à medida que vai crescendo adquira novas palavras, novos gestos, novos hábitos, mais equilíbrio e afins... É normal, eu sei. Mas sabem aquele sentimento apaixonado que só se tem por um filho (de olhos esbugalhados e coração infinitamente orgulhoso) de o ver a fazer coisas novas, a repetir em voz alta palavras que certamente nos ouviu dizer, do nada, e nós ficamos ...oi? Ele disse mesmo Sol, ou Rua, ou Chapéu ou um punhado de tantas outras coisas? De ver que ele já compreende tantas coisas, mesmo se temos uma conversa com ele. De pensar que há muitos meses se lhe disséssemos que, por exemplo, a bola estava escondida atrás da almofada ele não fazia a mínima ideia do que eu estava para aqui a dizer e seria eu que a ia lá buscar...agora, eu falo com ele, e ele compreende exactamente o que eu digo. Não é um milagre maravilhoso a cabeça de uma criança? Não é de uma pessoa ficar completamente apaixonada? E não se esquece de nada!! (para o bem e para o mal). Sim, porque ele não deixou de ser traquinas. 

E adora carros, e adora comboios, e adora legos, e adora jogar à bola (e que força que ele já tem na pernoca rechonchuda), e adora dançar, e adora tocar viola, e adora cantar e adora sentar-se em cima da Docas e fazer de conta que é um cavalinho. E adora cantar, e adora a novidade que é a neve, e adora comer...Ele diz: Mamã, mais um (com o dedito levantado a pedir mais pão ou mais fruta). Ou agarra na minha mão e como ainda não chega aos armários leva-me lá e aponta, com um sorrisinho maroto. Que esperto este garoto!

E já gosta de se sentar à mesa connosco, numa cadeira de gente grande. Mas se me esqueço de pôr o babete, é o primeiro a queixar-se. Se vamos sair, é o primeiro a apontar para o casaco ou a apontar para os pés (como a dizer, vamos calçar os sapatos). Se lhe corto as unhas das mãos depois do banho, aponta logo para as unhas dos pés. Impressionante as associações que ele faz. Se se vê aflito com alguma coisa, vem logo chamar-nos e acreditem ou não...(já me aconteceu uma ou duas vezes) quis escolher a roupa. What?????

Já está um homenzinho, de cachos dourados que eu não queria cortar nunca, com o mesmo olhar ternurento de bebé mas com feições de gente que está a crescer. 

Que orgulho de mãe. 
Passados dois anos, é tempo de agradecer. Pela saúde, pela alegria, pela beleza de ter uma criança nas nossas vidas que nos ensina e desafia a sermos pais, amigos e educadores. 

Amor incondicional.