terça-feira, 5 de julho de 2016

Tempo



3 de julho de 2016.
17 meses.
Desculpa-me filho de não ter vindo escrever mais cedo mas tu sabes como têm sido difíceis os últimos tempos com o tempo. O tempo.
Como estás alto... Ainda hoje pus de parte três sacos de roupa que já não te serve. Como tudo em ti cresceu em tão pouco tempo. Num piscar de olhos. Cada vez que olho para ti já sabes fazer uma coisa nova. É verdadeiramente impressionante como o tempo não pára. Já te sabes expressar de uma forma particular quando queres alguma coisa. Também já sabes dizer que não ou até mesmo fazer uma birrinha. Onde é que aprendeste a fazer isso filho?! Já sabes associar palavras que eu digo a certos objectos. Agarrar nos sapatos sempre que sabes que vais sair ou que as meias são para pôr nos pés. Já me dás o braçito (só um ainda) sempre que eu te quero meter o casaco. Já sabes quando fazes mal e depois te agarras à perna da mãe a pedir carinho.
E por falar em tempo, e porque estás mesmo crescido, já te tiramos o apoio do triciclo que te protegia de caíres. Agora já não precisas. Só falta mesmo mais um bocadinho para chegares aos pedais, mas penso que também não vai demorar muito tempo. Já jogas à bola como um profissional quando levantas as tuas asas para o chuto certeiro. E quando danças?...ó como eu me rio. Abanicas-te todo ao som de qualquer coisa, até das músicas mais estranhas que a mãe põe. Tu gostas de tudo. E quando vamos ao parque? Onde antes precisavas da minha ajuda para subir e descer, agora já o consegues fazer sozinho. Que orgulho! 
E quando me mostras que é tempo de ir para a cama? Lá vens tu com o teu dodo coladinho à cara, com chucha meia de fora. Como és doce. 
Não me posso despedir sem te dizer que mesmo com todas essas modificações que o tempo nos vai proporcionando (o teu crescimento), a tua simpatia continua inalterável. Inalterável. Sempre sorridente e bem-disposto. É tão bom de ver.
Quero ter sempre tempo para te ver.
Com muito amor,
a tua mãe.