quarta-feira, 29 de julho de 2015

G de Gabriel


A poucos dias de fazer seis meses (já????!!!), 
sete quilos de muito amor e muita dedicação.


Numa manhã de fevereiro, a caminho do número 21 da rua de Bugnon, lá seguíamos nós a pé com a mala prontíssima. Eu, o maridão e o pequeno Gabriel ainda no aconchego da mãe que cá fora fazia frio. Uma senhora que passou por mim apressada (sim, porque eu naquela altura já andava muito devagarinho) disse-me: Courage! Não me desfiz em lágrimas porque estava no meio da rua e com o frio que estava eram mesmo capazes de congelar. Sorri e agradeci. Era o dia!

Algumas horas depois, precisamente às 10h42, nascia um príncipe. Nos dias que antecederam o nascimento idealizei tantas vezes aquele momento: vou cantar para ele, vou-lhe dizer umas coisas ao ouvido...e quando esse momento chegou falharam as palavras. Não se consegue dizer nada. Só sentir. E sente-se tudo! Sente-se o mundo!

Não vou mentir e dizer que as horas seguintes foram fáceis. Pelo contrário. Mas se me perguntarem do que me quero lembrar só me quero lembrar do momento em que o vi chegar, já enroladinho na manta, ao colo do pai.

E desse dia até agora foi um salto. Diria mesmo um saltinho. Centenas de fraldas depois, roupa que deixou de servir rapidamente, umas noites mais duras que outras, dentinhos que já começam a chatear, o bebé sossegadinho do início deu lugar a um rapagão curioso, mexilhão, falador, atento, alegre. Muito alegre.

E o mundo pára quando ele sorri.